Demolition Movie

domingo, 21 de agosto de 2016

Eu sei que não apareço aqui a certo tempo, mas poucos filmes me fazem transbordar sentimentos pelos olhos, e foi isso que Demolition fez comigo.

Se você for se deixar levar pela sinopse, não valeria o seu torrent. Digo, o combo marido que perde a mulher + mulher nova que parece oferecer algo que o protagonista nunca teve parece que já foi visto inúmeras vezes. Mas este filme em específico destrói, aos seus vinte minutos, todas as expectativas criadas previamente.

O espetáculo começa com Jack Gyllenhaal. Ele é incrível e se tornou meu ator preferido, basicamente porque você pode sentir desespero, inconformidade e alegria aí do seu sofá da sala. Jake se dá muito bem com papéis complexos, eu diria que é sua especialidade. Bom, sua personagem Davis é um cara com um ótimo emprego (trabalha pouco e ganha muito) e aparentemente, tudo para ser feliz. Até que sua esposa Julie morre ao seu lado em um acidente de carro e a busca por um MM's de amendoim resulta numa amizade maravilhosa com a mocinha do Fale Conosco.


Essa mocinha tem um filho que é um espetáculo à parte, o garoto é muito inteligente e profundo. Ele e Davis vão se tornando muito próximos, ambos se ajudando no autodescobrimento


A metáfora principal do filme é sobre ter que se desconstruir para construir uma nova pessoa, no lugar da antiga. Fala sobre batalhas internas, arrependimentos talvez? Não posso me explicar muito. Você tem que assistir pra entender.

Au revoir,
Mia.

Não é de comer

sábado, 27 de fevereiro de 2016




Sempre fui o tipo de pessoa que chega numa festa super movimentada e fica mais tempo conversando com o cachorro do dono da casa do que com os outros. A pesar dos olhares estranhos que recebia, sempre me senti muito mais a vontade na presença de bichos do que de gente. Isso acabou refletindo na minha alimentação, no meu modo de agir e de pensar. De repente, esse amor tomou conta de cada pedaço de mim. Fui completamente dominada por essa empatia e vontade de fazer mais.
Quando fazemos uma descoberta grandiosa queremos contar aos quatro ventos e principalmente a aqueles que amamos.
O problema real é quando a outra parte é hostil com suas investidas de mudança. Dói, dói demais. Mas daí começa algo bem bonito que nasce dessa situação chamado respeito. Atualmente, é só isso que eu prezo. Respeito com a minha decisão e respeito com quem não tem boca para pedir respeito, os animais.
Eles não são de comer, não são de vestir. Tanto a carne quanto seus insumos não PODEM MAIS ser considerados ingredientes. Essa atitude é inviável para nosso lar Terra e para a existência humana. Os animais estão aí para serem amados, respeitados e zelados por nós, tendo em vista que eles estão aqui há muito mais tempo e se ocorresse uma catástrofe enorme tenho certeza que eles voltariam a habitar o planeta...
Enfim, gostaria de deixar documentado aqui essa reflexão há muito tomada por mim e agora está sendo cada vez mais praticada, pesquisada e exposta. Com respeito e diálogo, conseguiremos atingir o tão almejado e utópico mundo idealizado por Jesus, Gandhi, Buda e Lao Tsé.
Um passo de cada vez.

CHANGES...

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Como uma borboleta em ascensão, me encontro numa fase totalmente nova e um tanto quanto desesperadora. Sinto que minha fase adolescente acaba de terminar e hoje busco absorver tudo que aprendi nesses anos que eu não entendia muita coisa, mas sentia tudo tão forte que chegava até a doer.

Acredito que todos estamos aqui por uma razão, a grande maioria tentando encontrar seu lugar no mundo como expressão de si mesmo. E essa expressão externa nos caracteriza como seres pensantes e dotados de vontades e sonhos. Isso é maravilhoso! Ter essa consciencia é maravilhoso. E junto com essa consciencia que adquiri, volto com esse espaço que sempre guardei com muito carinho em meu coração, mas não tive vontade de continuar por motivos de: tenho lua em gêmeos e sempre fui muito inconstante quanto meus desejos e metas de vida.

Agora, um pouquinho mais madura e experiente, escrevo aqui única e exclusivamente para mim e espero que alguma das sete bilhões de pessoas espalhadas por este pequeno grande globo se identifique com minhas ideias e afinidades.

O foco do blog continua o mesmo, mostrar arte. Porém, com um adendo: terão mais textos e reflexões pessoais e assuntos ligados a algo que vem ocupando certo tempo e espaço na minha vida: veganismo.

Espero que vocês perdoem minha ausência e não desistam de mim, porque eu não desisti de mim e isso é um motivo para se agradecer todos os dias.

Com muito amor.

Feliz aniversário, Leminskão!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Curitibaníssimo como só ele, o poeta mais querido do Brasil está (ou estaria) de aniversário ontem e eu não permitiria que isso passasse em branco.
Ele dizia muito com tão pouco, amo cada prosa e cada haicai como se fossem parte integrante minha. O problema é que eu tenho palavras demais pra falar sobre ele e tempo de menos pra escrever, prometo me dedicar mais a pessoa e obra dele em breve! E da mulher dele, Alice Ruiz, que eu sou fã.

''Quando eu tiver setenta anos
Então vai acabar esta minha adolescência
Vou largar da vida louca
E terminar minha livre docência

Vou fazer o que meu pai quer
Começar a vida com passo perfeito
Vou fazer o que minha mãe deseja
Aproveitar as oportunidades
De virar um pilar da sociedade
E terminar meu curso de direito
Então ver tudo em sã consciência.

então ver tudo em sã consciência 
quando acabar esta adolescência.''


Parabéns meu caro e querido.Sua falta é sentida.

Macanudo por Liniers

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Fala meu povo!! Andei sumida mas prometo que tem posts monstros vindo por aí!
Queria compartilhar todo o meu amor por um tipo diferente de arte, os cartuns.
Se tratando deles, o Brasil perde e muito feio pros nossos hermanos! Sou fã do Gaturro e da Mafalda, mas o meu preferido de todos os tempos é a série Macanudo, publicado semanalmente pelo jornal La Nacion desde 2002.




Por que Macanudo é tão encantador? A doçura dos traços, a inocência das personagens, a simplicidade do humor e aquela sementinha da reflexão plantada a cada nova tirinha que leio. As situações cotidianas são delicadamente enfeitadas por esse cartunista com visão apurada pras pequenas grandes coisas da vida. Mesmo assim as tirinhas tem um toque adulto de humor.




Liniers nos convida a habitar seu universo fantástico, com monstros, pinguins, gatos falantes, elfos e pinguins. 



Os pinguins possuem capacidade intelectual bem maior do que a dos humanos, mas quando algum deles se aproxima fingem ser apenas meras aves do Ático.  





 Meus preferidos, a menina Henriquetta e o gato Fellini. Ela é tão adulta e a mesmo tempo tão inocente...as tirinhas com eles são encantadoras. Henriquetta também tem um urso de pelúcia que ela considera gente.






Martin é um rapaz pequeno com uma grande imaginação que partes pequenas aventuras com seu amigo imaginário, Olga, que só se comunica com ele repetindo seu nome. Ainda assim, Martin é capaz de entender o que ela diz.



A série Macanudo tem 9 livros publicados e recentemente as sortudas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo receberam a exposição Macanudismo, com direito a sessão de autógrafos. 




Gostaram? Faço mais posts assim?Tem alguém que realmente lê meu blog?
Arrivederci.

 

The XX

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Tô me enrolando pra falar de música aqui porque eu não sei por quem começar.
Sinceramente, queria postar algo detalhado e inovador sobre as minhas bandas do coração, que estou fazendo estudo musical.
Mas essa banda aqui é sensacional e eu preciso dividir isso com o mundo.

The XX é a trilha sonora daquela tarde chuvosa de domingo.


Deixa o som te levar!
Arrivederci

Os 90 anos do vampiro!

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Dalton Trevisan é figurinha carimbada aqui em Curitiba e comemorou 90 anos de puro mal humor esta semana. Aqui vai minha singela homenagem ao vampiro. Esse apelido foi carinhosamente dado pelos seus leitores que não conseguem um único contato com o autor. O cara não gosta mesmo de holofotes, noite de autógrafos, coquetéis e tudo que vem junto com a fama. Aliás, encontrei pouquíssimas fotos dele, a maioria são de leitores atentos que o encontram andando pelas ruas da Cidade Verde com um copo de café na mão.


Na minha humilde opinião ele é o melhor autor brasileiro ainda vivo. Seu texto é de fácil compreensão, porém carrega uma escuridão e melancolia que eu sou fã. Os eufemismos de situações absurdas são marca registrada dele. ("Não, com o facão não, paizinho")




Esse livro  "Quem Tem Medo de Vampiro" é o meu preferido! São contos curtinhos que despertam uma coisa engraçada na gente, um misto de embrião sociopata com humor aonde não deveria se ter humor. Minha preferência por textos sádicos fez esse livro conquistar meu coração no rol dos Meus Livros Prediletos. Tem gente que diz que é uma bela porcaria, mas meu humor ácido gosta muito.





Este é o único romance que Dalton já escreveu, ele é erótico e sujo ao mesmo tempo, me lembrou um pouco do minimalismo bukowskiano, mas é mais cru. As sentenças são bem curtas e as ideias vomitadas em cima de quem lê, dependendo do estômago do leitor ele pode deglutir tudo de volta no livro. Bem, as vinte últimas páginas são geniais mas o resto do livro é meio ZzZZz e me faz acreditar que os contos são mesmo o campo de competência do autor.


Li mais alguns contos perdidos dele por aí, mas nenhuma leitura mais séria e minuciosa. Fica o convite pra conhecerem o Vampiro de Curitiba e todo seu sarcasmo elegantemente assustador!


"Não fale, amor.Cada palavra a mais, um beijo a menos." Dalton Trevisan